Você sabe como está a sua saúde? Se ainda não fez um check-up este ano, é hora de procurar um médico e realizar exames. Um dos pontos que merecem atenção é identificar se você apresenta ferritina alta, um indicador importante para o bom funcionamento do corpo.

A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado, responsável por armazenar ferro no organismo. Cada molécula dessa proteína pode guardar cerca de 4500 átomos de ferro. Mas por que o ferro é tão essencial?

A importância do ferro no organismo

O ferro desempenha um papel vital no transporte de oxigênio, pois é essencial para a produção de hemoglobinas. Quando os níveis de ferro estão baixos, surge a anemia. É importante lembrar que há dois tipos principais de ferro na alimentação:

• Ferro 2: encontrado em alimentos de origem animal, como carnes.
• Ferro 3: presente em vegetais, como feijão, mas que precisa de vitamina C para ser melhor absorvido.

Se você costuma consumir arroz e feijão, uma dica útil é incluir saladas ricas em vitamina C para melhorar a absorção do ferro.

Quando o consumo de ferro é insuficiente, os níveis de ferritina também caem, já que o corpo não tem ferro suficiente para armazenar.

O que significa ter ferritina alta?

Embora a falta de ferro seja prejudicial, o excesso de ferritina alta também pode ser um sinal de alerta. Diferente do que muitos pensam, níveis elevados de ferritina não estão associados ao consumo excessivo de ferro, mas sim a condições como doenças inflamatórias ou infecciosas.

Por exemplo, uma infecção como a Covid-19 pode causar um aumento temporário nos níveis de ferritina, que tende a se normalizar após a recuperação. Por isso, nem sempre a ferritina alta em exames é motivo de preocupação imediata, mas é necessário monitorar.

Quando a ferritina alta é perigosa?

O acúmulo excessivo de ferritina pode afetar órgãos importantes, como o coração, fígado, baço e medula óssea. Isso pode desencadear condições graves, como:

• Diabetes tipo 2
• Cirrose
• Acúmulo de gordura no fígado
• Artrite
• Palpitações cardíacas

Além disso, a ferritina alta pode acelerar o envelhecimento, contribuindo para o aumento de radicais livres no organismo.

Hemocromatose: o que é e como afeta a ferritina?

A hemocromatose é uma condição genética rara que causa a absorção excessiva de ferro pelo organismo. Esse excesso de ferro se acumula em órgãos vitais, como o fígado e o coração, podendo levar a doenças graves, como:

• Cirrose hepática
• Diabetes
• Arritmias cardíacas
• Problemas nas articulações

Como prevenir a ferritina alta?

A ferritina alta é um sinal de que algo não está funcionando bem no corpo. Por isso, a prevenção começa com a realização de exames regulares para monitorar os níveis dessa proteína.

Os valores normais de ferritina no sangue variam entre 200 e 300 ng/mL. Quando os níveis ultrapassam 500 ng/mL, o médico pode solicitar investigações detalhadas. Em casos extremos, acima de 1000 ng/mL, é necessário acompanhamento especializado.

Hábitos como evitar o abuso de álcool, manter um peso saudável e controlar doenças crônicas podem ajudar a prevenir o aumento dos níveis de ferritina. Pacientes em tratamento de câncer também devem ficar atentos, pois a condição pode elevar os níveis dessa proteína.

Procure orientação médica regularmente e cuide da sua saúde para evitar as complicações da ferritina alta.

Fonte: Manual MSD, CendiCardio, Anad, G1

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