O castelo na caixa de lápis de cor da Faber-Castell é real. Recorda-se daquele castelo que você tentou recriar utilizando lápis de cor quando era criança? Esse castelo no desenho tem uma versão real na cidade de Stein, na Alemanha. É nesse local que se encontra a sede, a fábrica e a Faber-Castell Akademie da Faber-Castell, que oferece cursos nas áreas de arte, arquitetura e literatura.
Faber-Castell: História
Muitas pessoas desconhecem o fato de que o castelo possui uma réplica em tamanho real. Por essa razão, as postagens de Gui Almeida, um funcionário brasileiro de Stein, tornaram-se populares no Twitter. Ele exibiu parte do interior do castelo e outras curiosidades relacionadas à marca.
Contrariamente à crença popular, o termo “Castell” na marca não tem relação com “castelo” (assim como “Faber” não tem relação com “fábrica”). Ottilie Von Faber, herdeira da empresa, casou-se em 1898 com o Conde Alexander zu Castell-Rüdenhausen, membro da aristocracia alemã, resultando no nome Faber-Castell.
Até então, os Faber não eram considerados nobres. Kaspar Faber, um marceneiro de Stein, estabeleceu sua empresa de lápis em 1761. Seu bisneto, Lothar von Faber, foi responsável por expandir o negócio. Foi ele quem teve a ideia de gravar o nome e a marca nos próprios lápis, prática que hoje é encontrada na maioria dos lápis disponíveis no mercado.
Até então, não existia um castelo – ou Castell. A empresa era chamada de A. W. Faber. Ottilie, neta de Lothar, casou-se com o conde, e seu sobrenome passou a fazer parte da família. Como não havia herdeiros do sexo masculino, seguindo a tradição, a senhora adotou o sobrenome do marido. Ela só manteve o sobrenome Faber porque seu avô abordou pessoalmente o rei da Baviera, solicitando permissão para preservar o nome da família. A Faber-Castell surgiu a partir desse momento.
A primeira versão do logotipo corporativo foi projetada pelo Conde Alexander. Ele encomendou uma pintura intitulada “Cavaleiros do Lápis”, na qual dois cavaleiros duelam com canetas em vez de lanças. O produto da marca triunfa sobre o outro (em referência à sua durabilidade superior), e isso se tornou o símbolo da empresa.
O Castelo Faber-Castell
A criação da embalagem remonta a 1906. O casal optou por construí-la como uma expansão da residência de Lothar, ao lado da fábrica de lápis. Como a casa do avô idoso seguia o estilo neo-renascentista, popular no século XIX, ficou conhecida como “Castelo Velho”, enquanto a casa da neta era chamada de “Castelo Novo”.
O interior é tão impressionante quanto o exterior. Os três andares da estrutura abrigam uma biblioteca, escola, hospital, salão de festas, inúmeros quartos e até mesmo uma capela privada. O tamanho imponente do banheiro por si só é uma atração.
Tanto o castelo quanto o estabelecimento ao lado (onde são produzidas as elegantes – e caras – caixas com inúmeros lápis de cor) são acessíveis ao público atualmente. O local também abriga um museu, que expõe itens como o lápis de madeira mais antigo do mundo e uma escultura de cavaleiros guerreiros feita de ouro.
Fonte: super.abril