O ePatch é um curativo desenvolvido pelo Terasaki Institute of Biomedical Innovation em Los Angeles, Estados Unidos. Consiste em eletrodos feitos de nanofios de prata combinados com um hidrogel gerado a partir de algas. Este curativo acelera o processo de cicatrização enquanto elimina microrganismos perigosos.
O hidrogel, conhecido como alginato, já é utilizado em curativos cirúrgicos por ser biocompatível e manter níveis ideais de umidade. Ao alterar quimicamente o alginato e adicionar cálcio, os cientistas conseguiram melhorar a funcionalidade e a estabilidade dos nanofios de prata.
O hidrogel resultante foi impresso em uma folha de silicone flexível que tinha um estêncil preso à sua superfície. Após a remoção do estêncil, o alginato restante criou os dois eletrodos, que foram então ligados a uma fonte de alimentação externa.
Ao alterar o tamanho e a forma das folhas de silicone, foi possível desenvolver ePatches capazes de cobrir e se adaptar às formas de uma ampla gama de feridas.
Teste com o curativo eletrificado
Quando o método foi testado em camundongos com feridas externas, a corrente elétrica produzida foi capaz de acelerar o processo de cicatrização ao promover o desenvolvimento de vasos sanguíneos e diminuir a inflamação.
As feridas em camundongos tratados com ePatch cicatrizaram em apenas sete dias, mas as feridas em camundongos do grupo controle precisaram de 20 dias para se recuperar. Além disso, as doenças foram minimizadas devido às características antimicrobianas da prata.
Quando os ePatches foram removidos na conclusão da fase de cicatrização, os camundongos tratados apresentaram menos cicatrizes do que o grupo controle. Isso era provável, pelo menos em parte, devido ao fato de que as células da pele não aderem ao substrato de silicone, de modo que não caia quando o curativo for removido.
“Selecionando cuidadosamente os materiais e otimizando nossa formulação de gel, fomos capazes de desenvolver um e-Patch multifuncional, fácil de fazer e econômico que facilitará e acelerará muito a cicatrização de feridas”, disse Han-Jun Kim, cientista no Instituto Terasaki.
Fonte: Olhar Digital
