Quem já visitou Paris sabe o quanto é fácil se encantar com a cidade. Durante o dia, ela já é impressionante, mas ao anoitecer, seu brilho ganha um charme especial. Inúmeros edifícios, monumentos históricos, igrejas, pontes e outras estruturas são iluminados por milhares de lâmpadas. A Torre Eiffel, por exemplo, um dos símbolos mais conhecidos da cidade, é decorada com cerca de 20 mil luzes que se acendem todas as noites.
E na época do Natal, a iluminação é ainda mais espetacular. A cidade inteira recebe enfeites temáticos e luzes adicionais. Um exemplo é a famosa avenida Champs-Elysées, que é decorada com mais de 2,4 quilômetros de lâmpadas, criando um visual deslumbrante entre a Place de la Concorde e o Arco do Triunfo. Apesar de toda essa beleza luminosa, o título de “A Cidade Luz” não surgiu por causa dessas decorações noturnas. De acordo com Jade Cuttle, do site The Culture Trip, o apelido está ligado a uma herança histórica muito mais profunda.
“La Ville-Lumière”
Se você se lembra das aulas de História, o Iluminismo foi um movimento que marcou o século XIX, defendendo ideias como liberdade, fraternidade, tolerância, progresso, governo constitucional, a separação entre Igreja e Estado, e o uso da razão como fundamento para decisões e autoridade.
Paris foi o coração desse movimento intelectual, reconhecida como um centro de aprendizado e inovação em toda a Europa. A cidade atraiu filósofos, artistas, inventores e cientistas, tornando-se palco do nascimento de inúmeras ideias revolucionárias e avanços tecnológicos. Assim, ganhou o apelido de “La Ville-Lumière”, ou “Cidade Luz”, como uma referência ao seu papel como farol de conhecimento e progresso.
Um marco na iluminação urbana
Além disso, Paris foi uma das primeiras cidades da Europa a implementar iluminação pública em suas ruas, o que também contribuiu para consolidar sua reputação como “A Cidade Luz”. No entanto, a verdadeira origem desse título remonta ao Iluminismo e ao legado intelectual que transformou a capital francesa em um símbolo de avanço cultural e científico.
Fonte: The Culture Trip/Jade Cuttle
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